O momento de planejamento é privilegiado porque temos a oportunidade de trabalhar com o coletivo maior dos educadores da escola. O desafio que está posto em termos pessoais e grupal é o de manter as conquistas feitas e de avançar mais (desenvolvimento humano e institucional: Somos, Ainda Não Somos, Podemos Vir a Ser Mais).
De acordo com o que conversamos e com o texto utilizado proponho um debate (virtual) respeito do termo Planejamento. Citando o entendimento do tema, principais partes, a relação com sua prática pedagógica e o cotidiano em sala de aula.
Como provocação posto a charge da personagem Mafalda sobre o cotidiano escolar para iniciar
uma reflexão sobre o planejamento pedagógico.
uma reflexão sobre o planejamento pedagógico.

Um abraço!
Maíra Nobre
Pedagoga-IFCE Campus Avançado Aracati
Maíra você pode colocar o texto no google docs, onde todos podem ler sem precisar baixar. Seggue o link do arquivo online: https://docs.google.com/open?id=1CcmY_6IsEMGGYqPV6wCdxOuV4FCZ8x5VX83HWZaOdune5KZV-df-Ddb4i4Kw
ResponderExcluirObrigada Antônio!
ExcluirInteressante refletirmos sobre em que estamos realmente focados: no ensino propriamente dito ou nas mazelas (internas e/ou externas) que nos atingem no dia-a-dia.
ResponderExcluirAntes de tudo aqueles alunos que saem das suas casas, deixam suas famílias e comportam-se numa sala de aula querem (embora que as vezes não pareça) a atenção do professor para aprender.
É certo que o professor tem os seus problemas (reprovações, faltas, orçamentos dos equipamentos do laboratório, torneira quebrada da cozinha de casa, a conta da luz, ...), mas esses não devem bloquear o estreito canal 'professor-ensino-aluno'.
Portanto, é importante sabermos separar as duas coisas e procurarmos viver em harmonia entre os nossos problemas corriqueiros e o ofício de educar.
Abs!
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Citação do texto: Planejamento escolar - Prof. Celso - pág. 5
"(...) a energia destes professores ao invés de ser canalizada para o ensino, para a busca de alternativas, de mediações para a gestão da aprendizagem, fica focada, por um lado, na denúncia de que os pais não estão colaborando com a aprendizagem e, de outro, na defesa da reprovação... Com isto, vão se distanciando cada vez mais do núcleo da atividade docente que é o ensino."
Muito pertinente seu comentário. Somos seres humanos com defeitos e falhas mas é um desafio, as vezes, "separar" as coisas. Devemos buscar nosso equilibrio e apoio de diversas formas: com colegas professores, direção/setor pedagógico familia, ajuda espiritual, lazer, leitura, terapia, etc. Não existe receita pronta, nem é garantido dar certo. Gosto muito de uma frase do Carl Jung que fala justamente sobre isso.
Excluir"Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana.... de Carl Jung
Um abraço e aguardo mais comentários!
Caros Colegas aproveitando jogo o questionamento...
ExcluirComo vocês entenderam, no texto, a parte das dimensões do trabalho em sala de aula? E de que forma, isso pode estar explicitado no Planejamento?
Um abraço
Maíra Nobre
Planejar as aulas é de fundamental importância para que tenhamos o controle do que podemos abordar e de como abordaremos o que estamos nos propondo. Um bom planejamento nos leva a trabalhar melhor o conteúdo em sala de aula. De modo que podemos observar quanto tempo temos para abordar um determinado assunto, quanto tempo temos para realizar atividades práticas... e no final da disciplina, podermos dizer: "Ministrei o que planejei!".
ResponderExcluirNão é pelo fato de termos experiência ou não, de sermos criativos ou não que devemos deixar de realizar atividades que nos levam a ter um maior controle do que fazemos. A nossa experiência e criatividade podem também ser planejadas!
É evidente que no momento da execução do que foi planejado, podem ocorrer determinadas mudanças, devido a circunstâncias imprevistas.
A atividade "planejamento" está presente em todos as tarefas que realizamos no dia-a-dia e é observável que podemos ser melhores sempre que planejamos o que pretendemos fazer!
Raquel Silveira
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Citação do texto: Planejamento escolar - Prof. Celso - pág. 6 e 7
"Há professores que imaginam que não planejar é uma forma de se permitirem “ser criativos”. Ora, na base do improviso, da falta de um planejamento mais rigoroso, muito provavelmente o que teremos em aula será mais do mesmo, considerando o enorme peso das estruturas materiais da escola e das estruturas mentais de professores e alunos (Marx)."
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirNunca pensei que na Pedagogia tivesse seu próprio idioma, o "Pedagoguês" torna o entendimento do texto, pelo menos para mim um pouco complicado. Só para citar, uma passagem no início do texto "...pós-modernos (Lyotard e Baudrillard), hipermodernos, de era do vazio (Lipovetsky) ou de modernidade líquida (Bauman)...".
ResponderExcluirMas no todo o texto é compreensivo.
O autor cita os diversos problemas no processo de ensino, e visualiza o planejamento como uma solução não só para esses problemas, mas um modo de melhorar o processo ensino-aprendizagem. Sendo que o planejamento não envolve somente a análise do conteúdo a ser ministrado e como ele será abordado. Envolve situações que não são levadas, normalmente em consideração, como a realidade dos alunos, os novos meios de comunicação, exemplo as mídias sociais, o professor.
O planejamento deve abranger todos os aspectos da relação aluno, professor e escola. É necessário para que isso se concretize que o professor participe das tomadas de decisões não só da sua sala de aula, como da escola e até mesmo da sociedade na qual os alunos e professores estão inseridos.
Na minha visão falta um pouco dessa participação do professor no planejamento e decisões nas escolas, vejo que, na maioria das situações, as decisões são tomadas e chegam aos professores já como regras que devem ser seguidas. Não havendo a discussão dos pontos que levaria a um acordo comum a todos.
Nesse âmbito planejamento envolve cooperação e a capacidade do professor de sentir como o aluno se sente.
Sobre o tópico Um olhar sobre os alunos achei interessante sobre que planejar exige abrir espaço para que os alunos expressem o que gostam de fazer diante dos problemas da matéria.
ResponderExcluirPorém, diante desta necessidade para planejar, vejo pessoalmente como é difícil planejar e depois praticar quando a atitude dos alvos do planejamento é do comentário de Bento de Jesus Caraça, no tópico I-O Sentido da Docência Configura o Sentido do Planejamento.
Sendo a atitude geral que "...Perdidos são os céticos que escondem sob uma ironia fácil a sua impotência para compreender e agir". As constantes queixas e a atitude acomodada colocando a responsabilidade do estudo no problema, a aplicação de qualquer planejamento é castrada (calma que é expressão de psicologia).
Minha questão, realmente pela falta de experiência quero saber, é: como aplicar planejamento (que não é script de teatro mas é uma espécie de guia) quando metade dos atores não querem participar?
Felipe,
ExcluirEssa é uma questão bem complexa na qual nós professores sempre acabamos passando... Localizei no Texto que estudamos algo que remete a essa reflexão:
" Analisando as escolas que fazem diferença, os professores que fazem diferença, percebemos que não foram aqueles que ficaram esperando o mundo mudar para daí tentar fazer algo, mas sim aqueles que, ao mesmo tempo em que estavam comprometidos com a mudança do mundo, engajaram-se na mudança daquilo que era possível na escola (e que até então parecia impossível, nem tanto por uma análise criteriosa, mas muito mais pelo peso da tradição, do costume, do “sempre foi assim”, “uma pessoa não vai mudar a realidade”, “você é muito jovem, vai ver que não adianta”, etc.). Se, por exemplo, se posso levar em conta o conhecimento prévio do meu aluno, se posso respeitar sua cultura, sua história de vida, se posso construir o contrato didático em sala, etc., não vou fazê-lo porque a sociedade, os meios de comunicação, os governantes, os políticos, os pais, ainda não fizeram suas respectivas partes? Esta seria uma postura adulta, ética?"
Acredito que conhecer, respeitar e valorizar a cultura e a história de vida do aluno ajuda a construir o contrato Didático em sala. Ter empatia gera autoridade e não autoritarismo. E PLANEJAMENTO com atividades com significado na qual os alunos possam ver os conteúdos postos em prática. Não existe receita pronta pra esse tipo de pergunta. Creio que seja algo para constante reflexão e troca entre professores, alunos, setor pedagógico e Direção. Creio que mantendo diálogo e cordialidade podemos construir uma relação profissional que nos permita Crescer sempre.
Um abraço Felipe e obrigada pela participação!
Maíra
Pedagoga Campus Aracati
Oi Maíra,
ExcluirObrigado pela resposta. Meditando nela, percebo que minha idade próxima a dos alunos, meu jeito descontraído, etc, contribuem realmente como fatores dificultadores.
Primeiro o contexto
No início do semestre eu fiz um planejamento bem compassado e cheio de práticas e atividades para cada turma. A dificuldade que sinto por exemplo: muitos deles nem leem os materiais que coloco no sistema, na aula ficam no facebook, mesmo com minha 'repressão' a essa prática, não fazem as atividades ou não tentam pensar mais. Ao meu ver a maioria espera que o conhecimento entre por osmose, não tentam pensar, não tentam resolver os problemas apresentados. Se comportam em geral como meros copistas...
Eu sei que com matérias difíceis isso ocorre no começo, mas eu sinto meio que... como uma turma está no semestre final e não domina os conceitos básicos da informática? Isso pra mim é reflexo de semestres anteriores mal feitos...
Agora sim onde eu queria chegar
Com esses problemas, claro que um planejamento flexível pode contorná-los; porém, por minha falta de experiência, acabo ficando de mãos atadas quando turmas inteiras tem o hábito de se omitir de suas funções de estudante, mesmo quando tento colocar projetos e atividades estimulantes.
Um exemplo prático: como são da geração X ou Y, os alunos em geral amam (desculpe o caps, mas AMAM) msn e comunicações instantâneas, eu passei um projeto de fazer um simples... E o que me frustra é eles não tentarem usar nem mesmo a criatividade...
Daí eu simplifico o projeto, e eles se acomodam mais!
Eu vou flexibilizando o planejamento mas eles vão relaxando cada vez mais, daí é que veio a minha questão.
Sua resposta me deu uma luz no assunto e espero continuar aprendendo.
Abraço Maíra!
Felipe Bastos
Professor Campus Aracati
Planejar é fundamental. Não só auxilia o professor a estar sempre respeitando os planos de aula como também otimiza o tempo. Para os alunos também é fundamental porque os norteia, principalmente para estarem sempre cientes do conteúdo que será visto num determinado dia, em caso de falta também não ficarão perdidos sem saber o conteúdo perdido. Ajuda o aluno a se planejar. Porém, existem aqueles alunos que mesmo com todo o planejamento feito pelo professor insistem em não prestar atenção, faltar, levando muitas vezes, a desmotivação e consequente desistência. Cabe a nós, tentar fazer com que esses alunos se motivem e dêem continuidade a seus sonhos.
ResponderExcluirSusana,
ExcluirObrigada pela sua participação. Acredito que as questões colocadas acima ( resposta ao Felipe) Também dêem conta das suas. Realmente alguns alunos :"insistem em não prestar atenção, faltar, levando muitas vezes, a desmotivação e consequente desistência." e é nosso grande desafio: "Cabe a nós, tentar fazer com que esses alunos se motivem e dêem continuidade a seus sonhos." Não é uma tarefa fácil mas con vontade, ética, reflexão e apoio dos colegas como um todo podemos possamos caminhar no sentido da realização desse sonho.
Um abraço e obrigada pela participação.
Maíra
A escola tem um importante papel na formação Humana, e o planejamento educacional possibilita uma organização metodológica do conteúdo a ser desenvolvido pelos professores em sala de aula, baseado na necessidade e no conhecimento do mundo dos alunos, onde estes serão os principais beneficiados com o sucesso dessa metodologia.
ResponderExcluirA metodologia do planejamento escolar é uma tarefa docente que inclui tanto a previsão das atividades didáticas em termos da sua organização e coordenação em face dos objetivos propostos, quanto a sua previsão e adequação no decorrer do processo de ensino.
Evandro de Lima